Tristeza: o que é e como lidar com esse sentimento

A tristeza, assim como as outras emoções, faz parte da vida.

É um sentimento normal do ser humano. Você não precisa se sentir culpado por estar triste. Afinal, a tristeza não deixa de ser uma resposta natural a acontecimentos desagradáveis e que trazem frustração.

Mas e quando esse sentimento surge sem um motivo aparente e de forma frequente? Nesses casos, a tristeza pode se tornar um sentimento forte e profundo, e, em algumas situações, levar um indivíduo à depressão.

O que é a tristeza?

Antes de tudo, é importante você entender o que esse sentimento realmente significa.

A tristeza é um sentimento fundamental que todo ser humano pode sentir, assim como a alegria, a raiva, o medo, etc.

Ela é caracterizada pela falta de ânimo e alegria, além de outras emoções ligadas a insatisfação e a frustração.

Ou seja, assim como outros sentimentos, trata-se de uma resposta a uma determinada situação.

Por mais que se sentir triste não seja nada bacana, esse sentimento faz parte da vida em algum momentos. Aliás, tentar suprimir emoções é um hábito nocivo para o seu bem-estar.

Cada pessoa reage de uma forma aos acontecimentos da vida. Portanto, o sentimento não se manifesta com a mesma intensidade em todas as pessoas.

Qual a diferença entre tristeza e depressão?

A tristeza é uma resposta natural do organismo a estímulos externos e acontecimentos desagradáveis.

Terminar o namoro, se desentender com um amigo…essas situações deixam qualquer pessoa triste. 

Mas como saber a diferença entre esse sentimento e a depressão? 

Normalmente, a tristeza dura alguns dias e não chega a afetar a produtividade.

Já a depressão está associada a uma tristeza permanente e impacta a rotina de um indivíduo, que pode perder a sua motivação no dia a dia e sofrer com mudanças no sono e no apetite.

O sentimento de tristeza pode virar depressão caso dure mais de duas semanas e apresente outros sintomas relacionados a um quadro depressivo, como pensamentos autodepreciativos e cansaço constante.

Caso você esteja percebendo alguns sinais e sintomas durante a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, você pode estar com depressão.

Os principais sintomas são:

  • Humor deprimido, ansioso e sensação de “vazio”;
  • Pessimismo em excesso e desesperança;
  • Baixo interesse pelas atividades da rotina;
  • Irritabilidade;
  • Inquietação;
  • Dificuldade para se concentrar e tomar decisões;
  • Baixa energia ou fadiga;
  • Mover ou falar de forma mais devagar;
  • Alteração de peso (perda ou ganho);
  • Dificuldade para dormir ou dormir demais;
  • Pensamentos suicidas;
  • Dores, cólicas ou problemas de digestão sem uma causa clara ou que não passam mesmo quando algum tratamento está sendo feito.

Mesmo que você se identifique com alguns dos sintomas, é importante lembrar que apenas um profissional especializado pode avaliar o caso e dar o diagnóstico correto.

A ajuda profissional também é importante para proporcionar o tratamento mais adequado para cada caso. 

Como lidar com a tristeza?

Ninguém é feliz o tempo todo. Aliás, a positividade tóxica, propagada constantemente nas redes sociais, não é algo real.

De fato, os sentimentos ruins, querendo ou não, fazem parte da vida humana. E em certas situações, é natural que eles apareçam.

Mas isso não significa que é normal se sentir triste o tempo todo ou que você não deve encontrar formas de lidar com esse sentimento, certo?

Veja, abaixo, algumas dicas para você lidar com a tristeza:

1. Reconheça o sentimento de tristeza

Muitas vezes, para evitar o sentimento, tentamos escondê-lo ou fingir que não está acontecendo nada.

Só que esse hábito quase sempre piora a situação, já que a tristeza pode se manifestar quando os seus sentimentos estão sendo ignorados.

Reconhecer os sentimentos é importante não apenas para você praticar o autoconhecimento, mas também, para entender o que está por trás de determinadas emoções e pensamentos.

Quando isso acontecer, tente entender a razão pela qual você está se sentindo daquela maneira. Seja compreensível e paciente com você mesmo durante o processo.

2. Desenvolva o autoconhecimento

O autoconhecimento tem tudo a ver com o reconhecimento de sentimentos, sejam bons ou ruins.

Como o nome já diz, trata-se do conhecimento que um indivíduo tem sobre si mesmo.

A consciência sobre si mesmo ajuda a controlar as emoções e a lidar melhor com elas, até mesmo em momentos de frustração.

Dessa forma, vale pontuar que esse processo não é linear e não acontece de uma hora para outra. Ou seja, os altos e baixos fazem parte da busca pelo autoconhecimento.

Por isso, é importante ter paciência com você mesmo e respeitar o seu tempo. Entenda as suas emoções para que você possa lidar com elas, e não que elas te controlem!

3. Pratique meditação

A meditação é uma prática muito simples que traz vários benefícios para a saúde.

Você pode praticar na sua casa mesmo, por alguns minutos, todos os dias.

Os benefícios costumam aparecer no médio e longo prazo. Com o tempo, você perceberá que através da meditação, torna-se mais fácil controlar a ansiedade e o estresse.

A ideia é focar no presente e voltar o olhar para si mesmo, tentando eliminar os ruídos internos e as preocupações.

4. Valorize-se

Os pensamentos negativos que temos de nós mesmos, podem piorar a sensação de desânimo e frustração.

É muito importante adotar hábitos e pensamentos positivos, para que assim, você possa ver os acontecimentos de uma outra forma.

Cuide de si mesmo e priorize as atividades que te fazem bem!

5. Cuide da sua saúde

Praticar exercícios físicos é uma excelente forma de cuidar não apenas do seu corpo, mas também, da sua mente.

A prática regular de atividades físicas reduz a irritabilidade e o nervosismo. Além disso, melhora o sono e a disposição.

6. Faça o que você ama

No dia a dia, temos tantas atividades para realizar, que acabamos deixando de lado as tarefas que nos dão mais prazer, não é verdade?

Claro que é necessário cumprir as principais responsabilidades, mas cuidado para não abrir mão das coisas boas da vida.

Aproveite para relaxar, passar mais tempo com a família e fazer aquilo que você mais gosta.

Não precisa ser nada extraordinário! Uma simples viagem de final de semana, por exemplo, pode te ajudar a relaxar e a se conectar consigo mesmo.

Foque naquilo que você gosta e torne isso a sua prioridade!

7. Faça terapia

A prática é recomendada para todos que desejam lidar melhor com as próprias emoções e sentimentos.

O profissional, durante as sessões de terapia, irá te ajudar a praticar o autoconhecimento e outras habilidades emocionais.

A terapia promove o autoconhecimento e aumenta a autoconfiança. Além disso, a terapia também é importante para cultivar relações mais saudáveis e desenvolver a inteligência emocional.

Um profissional especializado, como um psicólogo ou psiquiatra, irá te auxiliar e orientar durante o processo, para que assim, você tenha mais conforto emocional e possa lidar melhor com os próprios sentimentos e pensamentos.

Como você pode ver, não há motivos para se sentir culpado por estar triste. Porém, se você está se sentindo constantemente aflito e frustrado e, acredita que pode estar com depressão, não demore para procurar ajuda!

Quando procurar um psiquiatra?

Em alguns casos, quando a pessoa não realiza o tratamento de forma adequada e precoce, os sintomas podem se tornar mais fortes.

Se você está lidando com uma tristeza profunda, que não passa e está causando outros sentimentos ruins, como angústia e a ansiedade, procure ajuda psiquiátrica.

Nos casos mais complexos, como no Diagnóstico de Depressão, o psiquiatra pode receitar medicamentos para o paciente durante o tratamento.

Esse profissional tem papel muito importante no bem-estar e qualidade de vida do paciente, ajudando a trazer mais conforto emocional e eficácia no tratamento!

Dra. Rhaíssa Leonel
Dra. Rhaíssa Leonel
Dra Rhaíssa Bentes Leonel é graduada em Medicina pela Universidade Federal do Amazonas, além de ter realizado residência médica em Psiquiatria pelo CAISM-FR em São Paulo. Dra Rhaíssa é médica psiquiatra e faz parte da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Também está cursando a Formação em Psicoterapia de orientação Analítica do Centro de Estudos Luís Guedes (CELG) de Porto Alegre.

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