Quase todas as pessoas, em algum momento da vida, irão passar por uma crise existencial.
Essa sensação de ansiedade, culpa e insatisfação, trazem uma certa angústia e podem prejudicar o convívio social.
Na maioria das vezes, são momentos passageiros, que normalmente duram pouco tempo.
Mas quando a crise existencial se torna mais longa, ela pode se tornar um problema, já que o indivíduo deixa de ver o sentido nas coisas e começa a fazer vários questionamentos sobre o seu lugar no mundo.
Para que você entenda melhor o que é uma crise existencial, quais são os principais sintomas e a forma adequada de realizar o tratamento, preparamos esse artigo para você.
Continue a leitura e saiba mais.
O que é crise existencial?
A crise existencial se trata de um conflito interno, em que o indivíduo começa a questionar o seu propósito na vida de uma forma duvidosa.
Ele passa a refletir de forma frequente sobre alguns questionamentos, como o seu lugar no mundo, situação profissional, relações interpessoais, etc.
Isso costuma acontecer quando a pessoa passa por uma experiência frustrante ou então, se vê muito longe de alcançar seus sonhos e objetivos.
Normalmente, são nessas situações que as pessoas passam a se questionar mais. É comum que durante uma crise existencial, o indivíduo se sinta sozinho e angustiado.
A insatisfação se torna algo frequente e, junto dela, vem a aflição e a frustração.
Não há um único momento em que as crises existenciais podem surgir na vida de uma pessoa. Entretanto, elas são mais comuns na adolescência e na transição para a vida adulta, fases cheias de mudanças e descobertas.
Quais são os principais sintomas de uma crise existencial?
As crises se manifestam de forma diferente em cada pessoa. Entretanto, há sintomas que são comuns na maioria dos casos.
Dentre eles, podemos citar:
1. Ansiedade
A ansiedade é muito comum nesses casos.
As dúvidas sobre como agir diante de determinada situação, costumam trazer preocupações sobre o presente e o futuro.
Embora a ansiedade seja algo natural, já que é um mecanismo de defesa, quando ela começa a se manifestar de forma frequente, é sinal de que há algo de errado.
As preocupações, que nem sempre são reais, provocam sofrimento e muita angústia.
Necessidade de isolamento
Com a mente angustiada e cheia de preocupações, o indivíduo, muitas vezes, vê o isolamento social como a melhor saída.
A necessidade de isolamento tem a ver com pensamentos agitados e constantes, além do medo de encarar os próprios problemas.
Embora isso pareça a melhor saída, o isolamento pode aumentar a crise existencial, já que faz com que o indivíduo permaneça ainda mais tempo pensando na situação.
Claro que ficar sozinho pode ser um momento para refletir e descansar. Porém, quando o indivíduo perde a vontade de manter relações sociais e quer ficar isolado o tempo todo, ele pode ficar ainda mais aflito e angustiado.
Além disso, conversar com outras pessoas e procurar se distrair, é importante para esvaziar os pensamentos e ver o mundo de outra forma.
Cansaço mental
O cansaço mental é um dos principais sintomas de uma crise existencial.
Ele é caracterizado por um estado de estafa cerebral, quando o cérebro fica sobrecarregado. Desse modo, a concentração e a memória são prejudicadas.
É necessário lembrar que o cansaço físico e mental são mais do que naturais em alguns momentos, como por exemplo, depois de um longo dia de estudos ou de trabalho.
Mas se essa sensação surge de forma constante e dura dias, ou até semanas, pode ser um sinal de alerta.
A fadiga mental ocorre pelo excesso de pensamentos relacionados às preocupações pela situação atual, sentido da vida e mudanças que acontecem de forma inesperada.
Assim como o corpo físico necessita de descanso, a mente também precisa relaxar.
Caso contrário, o estresse e as crises de ansiedade podem desencadear outras doenças mentais e até mesmo físicas, como alterações no sistema digestivo, por exemplo.
Pessimismo
A sensação de pessimismo costuma ser frequente na rotina de uma pessoa que está sofrendo com uma crise existencial.
Os conflitos internos e as preocupações geram uma sensação de desânimo.
Dessa forma, o indivíduo começa a fazer reflexões constantes, mas que na maioria das vezes, não ocorrem de forma positiva.
Insônia
A ansiedade e as reflexões constantes podem prejudicar o sono da pessoa. Afinal, na hora de dormir, é normal que alguns pensamentos venham à tona.
Se eles forem “alimentados”, acabam se tornando uma verdadeira bola de neve.
Isso pode tornar a situação ainda mais crítica, já que o sono é essencial para regular processos internos, aumentar a imunidade e a sensação de bem-estar.
Aliás, a falta de sono também aumenta a ansiedade e o estresse.
Insatisfação pessoal
A insatisfação pessoal se trata de um desencantamento pessoal causado pela angústia de não realizar alguns de seus objetivos.
Além disso, a sensação de não estar no controle da própria vida, também costuma gerar insatisfação e frustração.
O indivíduo se enxerga como alguém não realizado, que está muito longe de alcançar o que realmente deseja.
Quais são as causas que levam a uma crise existencial?
Não dá para dizer exatamente qual é a causa que desencadeou uma crise existencial, pois tudo depende do contexto em que a pessoa está inserida e do momento que ela está passando.
Acontecimento como o fim de um relacionamento, a morte de uma pessoa próxima ou dúvidas sobre qual caminho escolher na vida, são alguns dos principais gatilhos.
Além disso, como já explicado, a crise existencial é mais comum na adolescência e início da fase adulta (mas ela pode surgir em outras fases da vida).
A insatisfação com a vida pessoal e profissional, sensação de culpa, repressão de sentimentos, também podem causar crises existenciais.
Crise existencial: como realizar o tratamento?
O tratamento com um profissional especializado é muito importante para melhorar a qualidade de vida do paciente durante o processo.
Um dos tratamentos mais recomendados é a psicoterapia.
A psicoterapia ajuda o indivíduo a praticar o autoconhecimento e a entender o que está sentindo. Dessa forma, poderá lidar melhor com os seus pensamentos e sentimentos.
Como se trata de um processo interno e individual, o psicólogo ou o psiquiatra em questão irá analisar as melhores abordagens e técnicas para lidar com a situação do paciente.